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Existem limites para o amor?

Atualizado: 21 de nov. de 2018

Por Mayene Correia


O poliamor trata de uma oposição a monogamia, é a prática de se relacionar intimamente com mais de uma pessoa simultaneamente, com o consentimento de todos os envolvidos – criando vínculos afetivos. Essa prática, segundo especialistas, tem se tornado comum.


A curiosidade e as especulações tendem a ser grandes sobre o assunto, geralmente, as pessoas possuem uma visão negativa quando os relacionamentos envolvem mais de duas pessoas. Apesar de só 5% dos mamíferos formarem pares durados e os outros 95% se envolverem para reprodução com o maior número de parceiros possíveis, o regime monogâmico atualmente está enraizado nos seres humanos.


Adeptos de práticas mais liberais tendem a achar que esse tipo de envolvimento acrescenta vantagens nas relações. Caio Rafael, 22 anos, se atrai muito por relacionamentos poliamorosos, e acredita que esse tipo de relação é a solução para os problemas que existem no convívio dos casais. “As pessoas se atraem por outras pessoas durante a vida, e muitas vezes ao mesmo tempo, relacionamentos mais flexíveis andam junto com a liberdade, isso faz com que você possa ter duas pessoas ao mesmo tempo sem pensar que está traindo a outra, a ocorrência de mentiras diminui”, exemplificou o estudante de sistemas de informação.


Um aspecto que é muito valorizado para os casais que compartilham do poliamor é o controle da possessão – que parece demasiadamente comum em relacionamentos monogâmicos. O ciúmes pode ocorrer, mas é raro em relações que costumam desfrutar de algo mais livre.

A aceitação é outra vertente complexa nos polirelacionamentos. As pessoas tendem a ter uma pressão social grande para aceitar apenas um único modelo de relacionamento. Pode ocorrer um certo receio de assumir um relacionamento afetivo com mais de uma pessoa, devido ao julgamento extremo da população conservadora. Aline, 27 anos, explica que nunca assumiu para todas as pessoas que está em um relacionamento assim, mas que os familiares e amigos sabem e que aceitaram com o tempo. “Eu falo para todos que são próximos, alguns torcem o nariz, mas eu tive um nível de aceitação razoável. Normalmente as pessoas ficam curiosas sobre como lidamos com isso e como é o nosso envolvimento íntimo”, diz a produtora de eventos. Aline já vive um relacionamento poliafetivo há quase um ano, e não possui pretensão de ter relacionamentos monogâmicos novamente.


A primeira união poliafetiva foi documentada em cartório no Brasil em 2012, houve poucos registros após essa data, mas de acordo com antropólogos esse tipo de relação está se tornando mais habitual. Os especialistas afirmam que os relacionamentos estão mudando e que as pessoas estão achando diversos jeitos de se relacionar. O envolvimento dos poliamoristas é semelhante ao conceito que as religiões mais liberais pregam, um amor sem restrições. Pode ser assemelhado ao afeto que os amigos compartilham. É algo sem exclusividade, e principalmente sem o conceito de posse.


O que os jovens pensam sobre o poliamor?




 

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