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Ninfomaníaca

Atualizado: 8 de out. de 2018


Por Paloma Silva


O filme Ninfomaníaca acompanha a vida sexual de uma mulher, Joe, desde a sua infância até a velhice em uma constante busca em sentir algo. Diante dessa constante busca sem medir consequências, ela se arrisca cada vez mais em busca de algo vital que jamais encontraria, o prazer.

Joe, teve sua vida sexual extremamente intensa desde muito nova, aos 2 anos de idade, pelas próprias palavras da personagem ela “descobriu a sua boceta” e possuía um interesse insaciável pela masturbação e o contato físico com sua vagina.

A psicologa Doutora Elaine Cristina Correia explica que "Ninfomania é um transtorno psiquiátrico que representa uma compulsão sexual anormal, a mulher tem uma compulsão pelas práticas sexuais sejam elas quais forem. O que não quer dizer necessariamente que ela sinta prazer e normalmente envolve sofrimento, vergonha, medo ou pra alguns casos não. A pessoa tem uma compulsão e sentem um prazer inenarrável só que é um transtorno porque prejudica socialmente essa pessoa."

O termo ninfomaníaca é utilizado apenas para mulheres, homens que apresentam esse transtorno é chamado de satiríase.

Aos 15 anos ela, tornou-se determinada em iniciar suas relações sexuais de fato e relata que naquela época suas expectativas românticas eram altas e demonstra de forma sútil seu desapontamento.


“Ele pôs o pênis dentro de mim e empurrou três vezes, depois me virou como um saco de batatas e empurrou cinco vezes na minha bunda. Eu nunca esqueci esses dois números humilhantes.”



Mulheres com ninfomania não possuem controle sobre seus desejos sexuais, por isso é inevitável para elas a masturbação várias vezes por dia e até mesmo em lugares públicos, além desejos peculiares. Porém, as relações sexuais não resultam em prazer e possuem um bônus de normalmente depois vir acompanhadas de uma constante ansiedade, angustia e ainda um sentimento de culpa.

Já da perspectiva de um homem que já teve relações sexuais com uma ninfomaníaca, Vitor (nome fictício, pois preferiu se manter anonimo), relata uma experiência prazerosa, descreve uma das situações "Se a gente transasse e meu pênis não queria voltar, no intervalo de tempo, ela me chupava até ele voltar". O mesmo explica que a relação era legal, porém não passava de sexo, relata ainda a dificuldade da ninfomaníaca em conversar e se relacionar ao ponto de ficar tedioso, porém nunca se sentiu incomodado e mantem essa relação até hoje.

“O desejo levava á destruição em torno de mim, onde quer que eu fosse... Para mim, ninfomania era insensibilidade.”

A dificuldade em sentir prazer e se sentirem satisfeitas pode levar a mulher a ter relações sexuais com vários homens, a qualquer momento, qualquer lugar, por acreditar que assim vão sentir prazer e satisfeitas.

“Sabe essas portas de supermercados que abrem e fecham através de algum tipo de sensor? Agora compare essas portas com a minha boceta e adicione um sensor extraordinariamente sensível.”



Em um discurso carregado de auto recriminações, Joe não aceita que sintam pena dela por seu estado, ela constantemente se intitula uma pessoa ruim por ferir os sentimentos dos outros para satisfazer seus desejos. Seu descontrole pela busca do prazer a faz ter mais de oito relações sexuais por dia com pessoas desconhecidas, o que exige dela uma “organização de horários” para recebê-los.

"Eu descobri meu poder como mulher e usei sem qualquer preocupação com os outros. Isso é completamente inaceitável."

Apesar do sentimento de culpa, vive em uma constante solidão de encontros desprovidos de vínculo e pautados por necessidades. Para ela, os sentimentos precisam ser constantemente evitados a qualquer custo.

"O amor distorce as coisas, ou pior, o amor é algo que você nunca pediu. O erótico era algo que eu pedia ou mesmo exigia dos homens."

"Era como se eu estivesse completamente sozinha no universo. Como se meu corpo estivesse cheio de solidão e lágrimas."

Especialistas consideram a ninfomania uma doença ocasionada por desequilíbrio dos neurotransmissores e devem ser tratada como um vício. O tratamento deve ser feito por psicólogo ou psiquiatra, podendo ou não ser necessário usar medicamentos que diminuem a sensação de prazer no cérebro ou sucumbir o ímpeto libidinal.

"Preencha todos os meus buracos..."






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