Casos de divulgação de fotos íntimas sem o consentimento do parceiro dividem opiniões dos adeptos
Por Thais Cosmo
Pouco importa o lugar, seja na cama, banheiro ou cozinha, mandar nudes vem aumentando cada vez mais, o ato de compartilhar um momento íntimo normalmente vem de casais, e com certeza o primordial é ter autoconfiança e confiar em quem receberá a imagem, ou até mesmo vídeo.
A foto pode ser simples, com uma parte do corpo exposta ou inteiro, pode ser muito produzida com peças de roupas íntimas bem chamativas e sensuais, a nudez foi renovada e virou o tão famoso e perigoso nude.
O problema em dividir esse momento íntimo, está muito relacionado com quem você compartilha. Em primeiro lugar é necessário se sentir confortável, querer mandar e saber para quem está enviado o arquivo.
Não necessariamente essas fotos são compartilhadas por casais fixos, mas por muitas pessoas que não tem compromisso umas com as outras, e é exatamente aí que mora o perigo. Já foram vistos e postados muitos casos anônimos e famosos.
O caso mais famoso e que abriu diversas discussões sobre isso, foi o da atriz Carolina Dieckmann. Esse vazamento das fotos intimas ocorreu em 2012 quando hackers invadiram a conta de Carolina e pegaram as imagens. Eles chegaram a pedir dinheiro em troca da não publicação das fotos, mas como a atriz não aceitou, as fotografias foram postadas e viralizou na internet.
Mas para você criar coragem ou acabar de uma vez com essa ideia de aderir ou não esse tipo de abordagem, aqui estão motivos para te fazer pensar:
Para a transexual Karoline Bittencourt, 27, existem alguns fatores que podem te levar a colocar em prática para perder logo o medo.
“Desde que eu me redescobri, mas como mulher, tive um outro jeito de olhar para o meu corpo, ao contrário do que muitos pensam, não trabalho com prostituição e sou muito bem resolvida comigo mesma. Mas, fotos intimas apimentam qualquer tipo de relação”, conta.
Ela acredita que as fotos podem quebrar o gelo de pessoas que estão se conhecendo, que querem apimentar a relação ou que simplesmente gostam de receber a foto.
“Você só precisa ser maior de idade, ser dono do seu próprio nariz, não esteja sob efeito de drogas ou álcool para não se arrepender e fazer o que bem entender”, afirma ela. Para Karoline, a primeira coisa é saber se pode confiar na pessoa que quer mandar ou não, já que existem pessoas que dá para sentir essa “maldade” no interesse. “Saiba que estará sujeita a exposição, Inconveniência, quebra de gelo, que será prazeroso e que terá muita confiança com intimidade”, conta Karolline.
Para a auxiliar de arquivo Elizangela Nascimento, esse tipo de prática não é muito legal, e nunca mandou nenhum nude.
“Não acho bom, pois acaba expondo demais a pessoa, afinal, o ser humano é capaz de tudo”, conta ela.
A vergonha é um dos maiores fatores para o bloqueio de envio de imagens entre as pessoas, o que acaba gerando muito desconforto e alto julgamentos.
“Como eu disse anteriormente, por não confiar nas pessoas eu fico imaginando se eu mandasse uma foto e esse arquivo fosse postado em alguma rede social. Me sentiria envergonhada e com muita raiva, já que não teria mais o que fazer”, diz Elizangela.
A religião também pode influenciar esse tipo de pratica para um outro lado, não muito discutido.
"Eu sou evangélica, e conhecendo a palavra de Deus, sei que esse ato é pecado. Claro, eu não julgo as pessoas que são adeptas, porque as pessoas fazem o que querem e estou longe de ser perfeita", conta ela.
Existe um robô criado para conversar com vítimas que tiveram suas fotos vazadas nas redes sociais.
Unicef e o Facebook criam uma robô chamada Fabi Grossi para conversar com as pessoas que sofrem deste crime virtual, e alertar sobre isso.
Para deixar a robô ainda mais próxima dos jovens, ela fala gírias, manda áudios, envia selfies e tira fotos do que está vendo para explicar algum ponto da conversa.
Em um determinado ponto da conversa, a robô muda o rumo da conversa quando detecta que está falando com uma pessoa vítima e tenta ajuda-la.
Se detecta que é uma pessoa que gosta de postar foto de outras pessoas, ela tenta entender o motivo e o que leva à prática, avisando que isso é crime.
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