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Sexo casual: intimidade por uma noite

Quais os prós e contras de uma combinação entre prazer e liberdade?


Por Bruna Soares


Beijar, transar e depois dizer adeus – ou “até a próxima” –, esta é a dinâmica proposta pelo chamado sexo casual. Ocorrida por impulso, desejo ou atração química, a relação, onde não há o propósito de ingressar em um relacionamento, ainda é tratada como um tabu. Para o Psicólogo, Terapeuta Sexual e co-fundador do Portal Sexo Sem Dúvida, Marlon Mattedi, o tema sofre rejeição por conta da antiga crença, passada de geração em geração, de que o sexo deve ser praticado apenas para reprodução.


“Qual seria o problema se os envolvidos no momento, por livre e espontânea vontade, quisessem sexo por sexo, prazer por prazer?”, questiona. “O sexo casual já foi um tabu maior, está deixando de ser. As pessoas estão se autorizando a fazer sexo quando têm vontade, quando desejam, sem ter a necessidade de casar com quem transaram”, comenta o especialista. Neste ponto, a prática pode ser confundida com o conceito de amizade colorida, onde há proximidade, diferenciando-se do sexo casual.


A estudante de jornalismo Paloma Silva, 22, revela que, quando mais nova, teve boas experiências com o sexo casual e, ao contrário da privação de envolvimento emocional pré-determinada pela prática, existem relações em que há espaço para sentimentos, mesmo que não seja apenas com intenções amorosas. “Se o sexo casual acontecer uma vez ou duas acho difícil rolar sentimento, além de tesão e excitação”, explica


“Eu já tive um ‘relacionamento’ em que ele podia ficar com quem quisesse e eu a mesma coisa, ambos só não poderiam saber e ficamos mais de três meses nisso. Então tinha um sentimento de carinho, respeito e até certo cuidado”, relata a estudante. Para Paloma, este episódio só foi possível porque havia controle emocional e descrença quanto a relacionamentos de maior duração.


Apesar de o senso comum ter a impressão de que os homens se sentem mais habituados com esta conjuntura, Mattedi revela que apenas o gênero não determina o gosto pelo sexo casual, mas sim pensamentos, crenças, cultura, educação e valores passados durante a criação. “Tanto homem, quanto mulher, se tiver aprendido informações negativas sobre sexo casual, enfrentará dificuldades nesta prática.”


Contudo, estudos revelam que os homens são mais adeptos à dinâmica. Uma pesquisa realizada em 2017 pelo site de relacionamentos OkCupid, dos Estados Unidos, aponta que, entre as mulheres, 17% afirmaram aprovar relações sexuais sem compromisso. Os homens, por sua vez, registraram índice de 43%.


Prós

Sem cobranças: Como não há a necessidade de continuidade além do momento do sexo – apesar de poder acontecer novamente –, este tipo de relação também é caracterizado pela ausência de exigências de ambas as partes.


Sem preocupações: Segundo o psicólogo, em relações estáveis, os envolvidos tendem a se preocupar mais com o prazer do parceiro e, no sexo casual, isto não é uma demanda significativa.


Novas possibilidades: Com as experiências possibilitadas pelo sexo sem compromisso, as pessoas podem desenvolver habilidades e inovar durante suas relações, além de conhecer gente nova.



Contras

Frustração: O sexo casual não deve ser acompanhado de expectativas e necessidades afetivas. Caso aconteça, a pessoa pode ter sensações de vazio e de solidão, uma vez que seus anseios não sejam atendidos.


Sem demonstração de afeto: Geralmente, nesta prática não há mensagens, ligações e saídas rotineiras, consideradas para muitos como aspectos importantes.


Proteção acentuada: Dado que o sexo casual é marcado por relações passageiras, é necessário ter cuidado dobrado para não contrair doenças sexualmente transmissíveis. Desta forma, a camisinha se torna um elemento obrigatório.



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